segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Três Tríades




Três Tríades

 
1ª Tríade PDF 484
2ª Tríade PDF 485
3ª Tríade PDF 486

Cada escritor vai as ruas com a capa do editor, e é seu próprio revisor, seres de três faces. Sai em busca de temas, argumentos e pautas. Voa pelos espaços tridimensionais. E depois de cada um deles estar presente como escritores naquele palco iluminado, naquele espaço lá no alto, desceu e correu para um computador, sua ligação com o espaço, para postar suas fotos, suas imagens, suas percepções, suas sensações, e suas falas fixadas em uma imagem, naquele momento lá em cima presente. Fotos de duas dimensões ganham uma terceira, com um texto aplicado. Suas versões sobre aquele tema encenado, em uma sala lá no alto, e toda envidraçada. No encontro das tríades, lá no alto do Monte.

Uma nova tríade foi formada com Saint Exupéry, que foi um escritor, desbravador e aviador, que transferiu mensagens entre os três continentes: Europa – África – América do Sul, viajou por países da Tríplice Aliança: Uruguai, Argentina e Brasil.


1ª Tríade
PDF 484

Três Gigantes
Newton disse que para enxergar distante, era preciso subir nos ombros de um gigante.
Oscar Niemeyer subiu sobre os ombros de Dom Nivaldo Monte
E agora sobre os ombros de Niemeyer, chegou o pequeno novo Saint Exupéry




2ª Tríade
PDF 485

Pequeno Príncipe Potiguar

Parido Pereira Parelhas
Pequeno Perambulou Periferias

Participando Poucas Provisões
Pensou. Partiu, Prosperou
Participou Performances Príncipe
Prosas Poemas Poesias

Prosperou Público Pessoas
Pioneiro Participação Poetas
Parque Proteção Permanente




3ª Tríade
PDF 486

O olhar do alto
Tríades estiveram presentes diante da Tríade estática dos Três Reis Magos, lá no alto do alto do Monte. Encontraram-se no topo da torre de concreto armado, com uma visão panorâmica privilegiada. Diriam os outros do outro Rio Grande, no paralelo de 30°: Tri legal. O olho de Niemeyer instalado nas terras protegidas por plantas (uma APA – ZPA 01, de Natal), de Dom Nivaldo Monte. Nivaldo Monte cedeu seus ombros para Niemeyer instalar um enorme olho que deslumbra a paisagem, tendo como pano de fundo a cidade de Natal, cidade dos Três Reis Magos. Um lugar lá no alto, para avistar o encontro da terra com o céu, o horizonte. E foi nos ombros de Niemeyer que Saint Exupéry na figura de Josivan, o Pequeno Príncipe Potiguar (3P), reuniu amigos para enxergar distante, a partir da comemoração do seu terceiro decênio aniversario, diante um Oliveira, que poderia oferecer frutos, óleos e azeites. Pequenas tríades se apresentaram, ainda que antes formassem pares na parte de baixo.

Tríades diante uma tríade se apresentaram, um espaço preservado no coração de Natal. No coração o órgão vital, onde encontramos a válvula tricúspide, também chamada de válvula atrioventricular direita. A vida tridimensional: altura, largura e comprimento; alma, corpo e mente; passado, presente e futuro.



E Niemeyer deixou seus recados: “Falem baixo, o espaço é para admirar, eu projetei este espaço para admirar a paisagem”. A acústica para declamações e elevações da voz, não era boa, com os traços arquitetônicos de Oscar Niemeyer. Afinal ele planejou e arquitetou um projeto solicitado, para satisfazer as vistas, o olhar. A partir de um grande olho mirando o horizonte, sobre o silencio do parque Dom Nivaldo Monte. Um espaço para cheirar, olhar e sentir.

Uma nova tríade foi formada com: Dom Nivaldo Monte, Oscar Niemeyer e Saint Exupéry (escritor, desbravador e aviador), que transferiu mensagens entre continentes: Europa – África – América do Sul, viajou por países levando correspondências: Uruguai, Argentina e Brasil. Transportou as co-respondencias, as cartas que iam e vinham transferindo informações e conhecimentos para serem aplicados a estudos tridimensionais.



 
Tríades das Tríades – (PDF 483)
http://www.publikador.com/entretenimento/maracaja/2015/09/triades-das-triades/


Três Tríades - 1ª Tríade (PDF 484)
http://caldodecanapaodoce.blogspot.com.br/2015/09/tres-triades-1-triade-pdf-484.html

Três Tríades - 2ª Tríade (PDF 485)
http://caldodecanapaodoce.blogspot.com.br/2015/09/tres-triades-2-triade-pdf-485.html

Três Tríades - 3ª Tríade (PDF 486)
http://caldodecanapaodoce.blogspot.com.br/2015/09/tres-triades-3-triade-pdf-486.html

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

A BOTIJA DE JARARACA

"A BOTIJA DE JARARACA"
 
 
Foto ilustrativa:
https://www.google.com.br/search?q=botija&biw=1366&bih=753&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0CAYQ_AUoAWoVChMIj_zHhN2ByAIVCReQCh0Wzgd0#tbm=isch&q=botija+de+ouro&imgrc=LgxJRnmD4wP8yM%3A

 Como antigamente não havia bancos nas cidades do interior, as pessoas colocavam suas economias (moedas de prata e ouro), dentro de uma panela de barro devidamente fechada e que era enterrada num dos quartos da casa ou debaixo de uma árvore. Se a pessoa morresse e deixasse suas economias numa botija enterrada, sua alma ficaria penando. E a pessoa morta aparecia aos vivos most...rando onde é que estava enterrada sua botija. A pessoa tinha que ir sozinha. Se fosse com outra pessoa, a botija desaparecia ou virava carvão. Quando a alma do falecido aparecia a uma pessoa, pedia que a botija fosse desenterrada e que parte do dinheiro fosse gasto celebrando missas para sua alma. Essa é a definição que encontramos nos dicionários de folclore ou almanaques quando procuramos o significado da palavra “botija”.
Vários são os relatos de descoberta de botijas no sertão nordestino. Alguns com tanta riqueza de detalhe que chega a impressionar. Mas sempre falando de uma terceira pessoa, na maior parte das vezes desconhecida, que teria encontrado uma botija. Um desses relatos diz respeito a uma botija deixada por Jararaca. Consta que ao fugir do cenário da batalha naquele 13 de junho, mesmo ferido no peito e na coxa, conseguiu atravessar a ponte de ferro e se abrigar debaixo de uns pés de oiticicas na região conhecida por Saco. Lá ele teria reunido sua riqueza indébita em uma caixa de charutos para enterrá-la, marcando o local com um pau seco fincado. E depois de morto, sua alma teria aparecido a um pequeno comerciante de Mossoró para que o mesmo fosse desenterra-la.
O escritor Gilbamar de Oliveira Bezerra em seu livro “Cangaço – Recordação do Ataque Frustrado”, narra o caso da botija de Jararaca. Diz Gilbamar:
“Existia em Mossoró um cidadão conhecido por Chico do Rosário, que residia com a família numa casa situada no bairro Doze anos e comerciava carnes nas imediações do “Saco”. No dia 13 de junho de 1927 o mesmo se encontrava em seu estabelecimento comercial, quando o portador do bilhete de Lampião ao Prefeito Rodolfo Fernandes o encontrou, avisando-lhe, então, do propósito dos cangaceiros, que já se encontravam próximos, aconselhando que ele deveria fechar a bodega. Seu Chico agradeceu, fechou o estabelecimento e se dirigiu para o lar onde já se encontravam outras famílias a espera de transporte. Foram todos levados para vários pontos da cidade, ficando Chico do Rosário e família arranchados numa casa, próximo à trincheira da igreja de São Vicente, onde permaneceram até o fim do combate.
Com a prisão e morte de Jararaca, a cidade voltou à rotina normal. Certo dia, Chico do Rosário dirigiu-se ao “Saco”, a fim de trazer alguns animais que comprara. Atravessou a ponte do trem, e continuou seguindo o seu caminho quando ouviu uma voz lhe chamando. Procurando o autor da voz, reconheceu o mesmo como sendo o bandido Jararaca, que ele havia visto algumas vezes na cadeia, antes do mesmo ser “justiçado” pela polícia, trajando a mesma roupa de quando havia sido preso. Mesmo sabendo que o bandido estava morto, Chico do Rosário não teve medo. Aproximou-se e ouviu o mesmo dizer:
“- Eu lhe chamei para lhe dar um negócio. Tá vendo esse pau enfincado?” Perguntou o espectro de Jararaca.
“- Tou! “ Disse o marchante.
“- Apois tire o pau daí, cave um pouco, no buraco tem uma caixa com 22$000 (vinte e dois contos de réis) e um punha com duas alianças de ouro. São seus.”
Chico do Rosário fez exatamente como lhe dissera Jararaca, inclusive repassando o valor. De posse do dinheiro, do punhal e das alianças, ele levantou-se para agradecer tão generosa oferta, no entanto não havia mais ninguém no local além dele; o espectro desaparecera inexplicavelmente.
Ainda sem nada temer, guardou os valores e prosseguiu seu destino. De então em diante sua vida mudou por completo, tornando-se nebis árdua, comprou uma grande casa e continuou no comércio de carnes, agora de forma mais acentuadamente diferente: possuía uma pequena riqueza.”
Gilbamar teve o cuidado de explicitar a fonte dessa informação. Segundo ele, o fato foi narrado por um senhor chamado José Bruno da Mota, que adiantou ter visto o punhal diversas vezes e ter sido o próprio Chico do Rosário que o teria contado da maneira acima descrita.
Confesso que não conheço outra fonte que comprove essa história/estória. Reproduzo aqui apenas como mais uma curiosidade do cangaço. 
                                                                                                      
Por Geraldo Maia
 
Fonte:

Carta aos astros, do céu e da televisão


Carta aos astros, do céu e da televisão

 


Uma carta aberta para aqueles seres soldados no chão, vestidos com roupas amarelas, que se acham um astro do céu, das pistas e da televisão. Talvez não saibam o que é mão e contramão. Vivem muito ocupados nas ruas, e com um sorriso aberto na televisão. Estão soldados no chão, sem dar cabo da situação, não fixam peças e argumentos, como um sargento.

Mão e contramão não é somente sentido e direção, de ida ou de volta, mas é também trabalhar com critério e atenção, respeitando pedestres, ciclistas, motociclistas, condutores, independente de credo, cor ou religião; com carta no bolso ou na bolsa, na manga ou na mão. Não é por estar com carros grandes e novos, por estar de terno e de gravata que podem ser donos da mão e contramão. Não se comportam como doutores, que tanto desejam ser chamados, os de terno e engravatados. Não são donos das calçadas ou de entradas de porta e portão. Esquecem das leis da bíblia e do alcorão, mas deixam seus vade-mécuns sobre vidraças e prateleiras, ao alcance da visão. A lei de Newton diz, para toda ação há uma reação igual e em sentido contrário. A lei do universo, diz tudo que é feito, por bem ou por mal, um dia volta.

Uma carta aberta aos amarelinhos sempre muito ocupados, com ligações celulares (talvez particulares, não se sabe), com rádios na mão, e muito ocupados em ficar tricotando com outro amarelo irmão. Estão sempre muito ocupados e não podem dar atenção. Amarelos cegos, surdos e mudos. E para amarelos cegos, surdos, e mudos, uma carta aberta, pois quem sabe um letrado graduado em Libras possa ler e traduzir, explicar para aqueles pares de jarros amarelos parados no meio do caminho.

Inúmeros ônibus param no ponto, também conhecido como parada, da rua lateral, na esquina onde os pedestres sempre se dão mal, e acontece em Natal. Muitos param exatamente fora do ponto, fora da parada. Alerta aos ônibus, coletivos e alternativos que param fora do ponto, sobre a via movimentada e fora da calçada, obrigando pedestres andar pela avenida disputando espaços com os carros até chegar a uma calçada. Caminhos estreitos e apertados entre coletivos e grades, que tornam o pedestre alvo quando o ônibus sai da parada, em disparada. Amarelinhos já foram alertados, mas estavam muito ocupados, muito cansados para dar alguns passos e escrever no talão. Ainda que alguns já foram vistos parados, escrevendo em papeis bastante pequeninos. Talvez tenha receio de placas anotadas, e precisem passar a limpo, antes de usar o talão. Chovendo fica pior, os amarelinhos se escondem, tal como o Sol.

A saída do estacionamento, do grande shopping referencial, com faixa demarcada de pedestres sobre as vias de acesso, é sempre ocupada por consumidores com pressa de entrar no shopping ou sair do shopping com suas compras todas embaladas, em seus veículos motorizados. É muito comum ver e presenciar condutores em alta velocidade dispersando pedestres sobres as faixas demarcadas. Na via oposta, com outros acessos e outros caminhos. E outros consumidores desesperados tornam outras vidas expostas, com seus bólidos dourados.

Ontem (17/09) alertei a uma amarelinha sobre um taxi parado sobre a passagem de pedestres na saída na saída lateral do Midway Mall. Ela estava muito ocupada com sua ligação celular, e nem me deu atenção.

Motociclistas também são vistos trafegando por trechos de calçadas, no entorno do shopping em questão. Durante engarrafamentos e estacionamentos trafegam sobre calçadas, na frente de prédios, hospital ou livraria. Driblando leis, ou minimamente regras de respeito, e bom comportamento. Motoristas do bem estão nas ruas para sorrir com aparições de câmeras e redes. Terminado a campanha, voltam as infrações.

Um alerta aos engenheiros de escritório, com cálculos programados em planos ensaiados. E um alerta geral a passagens de pedestres localizadas em esquinas, diga-se de passagem, que deve ser uma faixa de segurança, locais quando pedestres não tem vez, em sinal aberto ou fechado. Há inúmeros veículos desesperados em fazer conversão. A falta de estrutura de engenharia em saber definir locais ideais para uma travessia. Há inúmeras faixas de pedestres que partem do nada levando a lugar nenhum. Nada como um bom caminhar pelas ruas para perceber erros e acertos, o truque dos atores de TV ao fazer imersões em ambientes, ambientações para um novo personagem antes de estrear. O poder público trabalha com atores sociais, mas seus administradores não arriscam a interpretar papeis de cidadão andando nas ruas.

Carne de sol só é bom com macaxeira, precisa ter raiz. Tapioca, feita com raiz macaxeira só é boa com um bom acompanhamento com alguns condimentos. Feijão de corda precisa ter acompanhamento de paçoca com sol e farofa da raiz macaxeira. A raiz está sobre a mesa, mas com tantas invasões e ocupações na história, o natalense não criou raiz, seu território municipal não tem zona rural. Amarelinhos já tem na camisa a cor do sol, precisam ter em suas calças a cor da raiz, fincando ideias e comportamentos sociais, e nos seus veios internos a brancura da macaxeira.

Enquanto São Paulo/SP, a cidade intensamente povoada, supercondensada vai na onda verde, aumentando espaços para o pedestre, Natal segue na Via Costeira e na Rota do Sol amarelo, dando preferência a carros em velocidade, atropelando o futuro, ciclistas e pedestres. E chovendo fica bem pior, os amarelinhos se escondem, tal como o Sol.

 

 

RN, 18/09/15

 

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